quarta-feira, 20 de abril de 2016

A contribuição do PIBID Educação Infantil na construção da Base Nacional Comum Curricular


       O PIBID, Programa Institucional Brasileiro de Iniciação a Docência é um programa hoje reconhecido em todo o país por suas ações de contribuição para melhoria da qualidade da educação, através das experiências oportunizadas durante a formação em curso dos alunos de graduação de todo país.
Com objetivo de colocar os alunos das licenciaturas em contato com o chão da escola antes mesmo dos estágios, os bolsistas do Pibid participam de todo processo de aprendizagem dentro das escolas parceiras e também fora delas em momentos importantes e históricos para o futuro da nossa educação.
A participação do Pibid hoje, na construção da Base Nacional Comum Curricular é um marco para o programa, trás a luz o que os alunos da graduação e das licenciaturas devem compreender: que educar vai além das salas de aula e da escola. É necessário pensarmos o que é melhor para a educação, o que as crianças devem aprender, o que elas já sabem, o que queremos ensinar e como ensinar. Com a Base Comum Curricular, se cumprirá a meta 7 do Plano Nacional de Educação (PNE) - fomentar a qualidade da Educação Básica, do fluxo escolar e da aprendizagem. A lei determina que até junho de 2016 ela seja encaminhada ao Conselho Nacional de Educação (CNE).
          Na tarde desta quinta-feira, dia 10 de março de 2016, ainda tendo esperança de que o PIBID permanecesse, os bolsistas compareceram à reunião de discussão sobre a Base Nacional Comum Curricular que teve como intenção a “definição” do que todos os alunos de nosso país têm o direito de aprender. Buscando solucionar a questão, o Ministério da Educação (MEC) convocou pesquisadores, formadores de professores e representantes de associações. O grupo vem se reunindo periodicamente para criar a base nacional comum dos currículos, um descritivo de conjunto essencial de habilidades e conhecimentos que todo o aluno deve desenvolver.
Sendo do segmento inicial da Educação Básica, a Educação Infantil vem ao longo dos últimos anos sofrendo alterações históricas, (inclusive a de fazer parte da Ed. Básica) sendo o cargo chefe de toda uma mudança estrutural e normativa que não há como negar a importância histórica de um momento como esse em nossa tão jovem democracia, inclusive com a participação do Pibid na elaboração de um documento de caráter nacional que contribuirá com a organização a nível macro e micro estrutural, num país tão grande e diverso como o Brasil.
Logicamente haverá muito que se discutir, justamente pela diversidade territorial e as muitas faces que o capitalismo imprime nas diferentes regiões brasileiras e dentro dessas suas mais variadas formas de cultura. Em entrevista e Revista Escola, Maria Beatriz Luce, secretária de Educação Básica do MEC, afirma que: "Queremos determinar direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Estamos pensando qual educação queremos e que cidadãos vamos formar”. A proposta valerá para escolas públicas e particulares do Brasil.
O debate sobre um currículo nacional é antigo. De um lado, estão os defensores de referências que garantam ao alunado de qualquer cidade ser apresentado aos conteúdos essenciais ao desenvolvimento educacional do país - fundamental à equidade no ensino. Do outro, quem crê na impossibilidade da proposta, dadas as dimensões continentais do nosso território e sua variedade cultural. O argumento é facilmente derrubado, pois a ideia é que cada rede acrescente a ela, pontos relacionados à realidade local. 
O documento será apenas o primeiro nível de concretização do currículo, que se completa após o trabalho das redes estaduais ou municipais e, posteriormente, de cada escola, com o projeto político-pedagógico (PPP) e fazer parte dessa construção, é fazer um Brasil melhor a partir dos diversos pontos de vista, é exercer a cidadania, ordem e progresso da nação.


Por: Débora Guimarães e Raelma Santos

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