sábado, 28 de novembro de 2015

PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO NO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL PROFESSORA LUIZA FERRAZ




O planejamento faz parte de quase todas as nossas ações, pois ele norteia a realização das atividades antecipadamente, o mesmo institui a cultura mais participativa e democrática nos processos desenvolvidos na escola. São momentos que os educadores socializam e reavaliam as práticas realizadas em sala de aula.  
Planejar envolve pesquisa, ser criativo na elaboração da aula, estabelecer prioridades e limites, estar aberto para acolher o aluno e sua realidade, ser flexível para replanejar sempre que necessário. Levando sempre em conta as características e necessidades de aprendizagem dos alunos; os objetivos educacionais da escola e seu projeto pedagógico, o conteúdo de cada série, os objetivos e seu compromisso pessoal com o ensino, às condições objetivas de trabalho. Com base nisso, definir o que vai ensinar como vai ensinar, quando vai ensinar, o que, como e quando avaliar.

 O planejamento aconteceu no dia 06, de novembro do corrente ano, na escola professora Luiza Ferraz, o encontro ocorre quinzenalmente, e conta com a participação de todos educadores, no qual Bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de iniciação a Docência- PIBID, Supervisora e Coordenadora relatam experiências e vivencias que contribuem na iniciação a docência e formação de professores. 

Por Vânia Moreira e Luana Silveira

RODA DE ESTUDO E FORMAÇÃO PIBID EDUCAÇÃO INFANTIL


LEITURA E CULTURA: UM CONVITE AOS PROFESSORES

          Rejane Brandão Sirqueira
Maria Cristina Carvalho


O momento de estudo do encontro de Formação do PIBID -  Subprojeto de Educação Infantil tem como objetivo proporcionar momentos de socialização entre os bolsistas, coordenadora e supervisoras, criando espaços de discussões e apresentando reflexões sobre a infância e os processos de formação de professores da Educação Infantil, articulando situações vividas pelos bolsistas e supervisoras.
            Teceremos comentários acerca do artigo Leitura e cultura: um convite aos professores de autoria de Rejane Brandão Sirqueira e Maria Cristina Carvalho.
Inicialmente a pesquisa contextualiza as experiências no interior das instituições públicas e privadas aliadas às observações e vivências realizadas ao longo das pesquisas, desencadeando inquietações e impulsionando reflexões que fizeram emergir questões direcionadas às políticas, práticas e precariedade do atendimento oferecido às crianças nas pequenas instituições, desconsiderando suas especificidades e singularidades.
Por sua vez, outro ponto citado no decorrer da pesquisa é expandir a necessidade de discutir o cotidiano e ampliar os conhecimentos relacionado à primeira etapa da educação básica – educação infantil -, que se tornou o campo de estudo e pesquisa.
Nesta perspectiva a formação inicial e continuada de professores, tem como meta nos processos de formação, sensibilizar e mobilizar aqueles que se propõem a ser professores da criança pequena, a reconhecê-la como cidadã, como pessoa em desenvolvimento.  
O texto é dividido em três etapas: Educar para a Sensibilidade e Educar para a Estética e Educar para a Diversidade, que foi discutido no decorrer da relevância da pesquisa, norteando reflexões e olhares significativos na construção e contribuição da realidade na qual estamos inseridos e contextualizando a nossa vivência na sala de aula e as escolas atendidas pelo programa.

Educar para a sensibilidade
As autoras estabelecem como estratégias a assumir a possibilidade de trabalhar a literatura infantil, mediada na formação de professores e de crianças, tendo em vista quem “quem conta histórias terá a certeza de que a história escolhida tocará o coração das pessoas que a ouvirão’’.
Nas narrativas constroem-se experiências, visto que para que se tenham experiências serão necessárias inquietações, assombro, curiosidade que permitem vislumbrar o fato vivido e guardá-lo.
Segundo Kramer (1993, p. 53), narrar não é apenas produto de voz, mas de tudo o que é apreendido na vida social. Desse modo, priorizar o exercício da escuta e da leitura de escritas de professores e futuros professores, é um convite ao resgate de sua própria infância, dando-lhes a oportunidade de ouvir a si mesmos e aos outros em um movimento de auto-conhecimento e reconhecimento de seu papel como sujeitos, autores de seus pensamentos e reflexões exercitando a interação com a língua.
Ao promover a narrativa, o professor está imprimindo uma dimensão política à sua prática educativa: a criança passa a ser concebida como sujeito, autor de sua própria história; entrelaçadas todas as histórias compartilhadas, constrói-se uma história coletiva, viva e dinâmica. Lembrando que o primeiro contato da criança com o livro, possibilita o registro de suas primeiras experiências com a leitura.
Nesse sentido, vale ressaltar que o caminho sugerido é o acesso aos livros, aos museus, às músicas, à dança, a tudo que pressupõe expressão, e que possibilite às crianças, por meio da experiência uma aprendizagem prazerosa e significativa na formação de seu senso estético.

Educar para a estética
O acesso ao patrimônio cultural, proporcionam a oportunidade de refletir e valorizar a própria experiência de cultura que permite traduzir melhor a diferença entre nós e os outros e, assim fazendo, resgatar a nossa humanidade no outro e a do outro em nós mesmos (Da Matta 1981).
            Portanto, a valorização cultural na formação dos sujeitos Kramer e carvalho (2012, p. 33) também mencionam a importância de valorizar a esfera cultural, sua natureza, suas funções, suas características, suas manifestações e sua desigualdade. Contextualizando as políticas públicas, as autoras ressaltam a acuidade da educação em espaços não formais como parte do processo de formação cultural, histórica, social, estética e científica.

Educar para a diversidade
A proposta é que a escola reconheça como espaço de manifestação das diferenças e que elabore projeto de sociedade que se reflita em uma proposta pedagógica centrada na questão humana, da criança como sujeito, pessoa, indivíduo, dotada de vontades, desejos, posturas que a caracteriza como parte da sociedade
Neste processo, de acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), vem apresentar que a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (Brasil, p. 23).
A discussão da temática igualdade e diferença no currículo escolar abre uma rede infinita de conhecimentos e saberes que emergem do compartilhar experiências e vivências coletivas e individuais. Sendo que a escola é o espaço de diferenças e lugar de encontro
Portanto, encobrir as diferenças, emudecer as diferentes vozes ou ignorá-las é suprimir o que é evidente e aportar-se de modo antiético.
Entretanto, entender essa realidade leva à compreensão de que a cristalização de um pensamento que estigmatiza e discrimina impossibilita a emergência das diferenças em suas múltiplas dimensões, deixando marcas nos afetos, nas emoções e no imaginário social e político.

Considerações Finais

Mediante o que foi apresentado ao logo do texto, as autoras nos fazem refletir acerca o quanto a literatura e a cultura se mostram como fios condutores de vários cursos de formação de professores da educação infantil, e em relevância que os professores e crianças têm o direito a formação de qualidade e que, portanto, o direito à formação cultural é um direito de cidadania.
Considerando tais princípios, o professor da educação infantil terá a oportunidade de conhecer as diferentes culturas da infância, e, ao abrir espaços dialógicos nos quais as crianças tenham vez e voz, terão condições de conhecer sua reprodução interpretativa.
Portanto, o estudo dissemina uma amplitude para os demais profissionais da educação, de modo que reflita por meio das suas experiências inúmeras práticas, mas todas se configuram como oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

Por:  Rejane Pereira e Angélica Santos – Bolsistas do PIBID Educação Infantil