quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

EM TORNO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: OLHAR, ESCUTAR E ATUAR


          O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) proporciona aos bolsistas, supervisores e coordenadores momentos de estudo de formação, os quais leva-nos a refletir sobre as práticas atribuídas na educação infantil.
O livro: Educação Infantil Formação e Responsabilidade de Sônia Kramer e organizadores, nos remete a abordagens sobre a educação infantil ou infância melhor dizendo, onde o objetivo está pautado nas ações que envolvem o conhecimento em busca dos saberes do ler, escutar e conhecer, sendo que essas, ações de caráter relevante para a formação docente em prol da qualidade do ensino da criança na educação infantil.
O texto de Anelise Nascimento e Flávia Miller, destaca a fala das crianças em suas interações, brincadeiras, práticas e interpretações de mundo, tomando essas crianças como autor social principal a partir da contextualização do campo de conhecimento, especialmente na socialização da infância. De acordo Sarmento (2008), as crianças muitas vezes são consideradas menos importantes na sociedade devido ao fato de não trabalharem e não contribuírem para o quadro econômico. Ele acredita que a criança deve ser estudada em seu próprio campo, com autonomia analítica sem a perspectiva adultocêntrica.
Historicamente a criança sempre foi vista de forma negativa, caracterizada pelo o que não podia falar ou fazer. Mas a partir do novo contexto da sociologia da infância, ela já é considerada ator social competentes, capazes de expressar suas concepções na alteridade geracional. São vistas também, como produtoras de cultura e exprime por meio dela suas concepções e interações com os pares ou os adultos.
Através da cultura infantil, são apresentadas especificidades da criança, em que o lúdico e o faz de conta se incorporam, porém, muitas instituições determinam padrões de normalidade que desempenham socialmente processos de socialização de maneira vertical e tentam caracterizar a criança a partir de uma faixa etária, configurando assim o ofício dela.
O texto compreende a experiência infantil a partir dos discursos e das ações das crianças, que se produzem na interface da cultura com os objetos e com a sociedade na qual estão inseridas, já que a infância é uma construção social, um componente da cultura. E as crianças que são atores sociais, produtoras de cultura e processos sociais, devem ser analisadas em sentido pleno, articulando-se a outras variáveis clássicas, como classe social, gênero e etnia.
       É de suma importância, compreender o que dizem as crianças sobre ser criança e como elas se posicionam socialmente diante disso. Pois o ser criança assume dimensões específicas variáveis: há um “ser criança” em relação uma criança mais velha ou em relação a uma criança mais nova e ainda diante do adulto. Isso é perceptível quando acontecem diversos diálogos entre crianças e crianças, crianças e adultos. Dessa forma, se constata que ser criança é uma questão geracional estabelecida no conhecimento do pertencimento a um grupo etário, o qual se define na relação com outros grupos sociais. Ser criança implica determinados comportamentos, cheios de nuances que indicam que como categoria não se trata de um grupo homogêneo.

Por: Alana Dantas e Cláudia Santos

Referência:
SARMENTO,M.(2008).”Sociologia da infância: Correntes e confluências”.In: SARMENTO, M. e GOUVEA, M.C.S.(orgs.) Estudos da Infância Educação e práticas sociais. Petrópolis: Vozes.  

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

RESPEITO À DIVERSIDADE




É na educação infantil que construímos grande parte dos valores que levamos por toda vida, por isso é importante que a escola desenvolva condições para o respeito e a valorização das diferenças sendo, portanto uma preocupação cotidiana dos profissionais da educação.
Realizamos várias atividades relacionadas a essa temática como: momentos literários, pinturas, artes com massa de modelar, colagem com canudos, confecção de palitoches, etc. Buscando apoio teórico e de outros materiais didáticos.
Através do vídeo “O cabelo de Lelê” da autora Valéria Belém, apresentamos para as crianças a estética negra como um importante fator na construção da identidade, pois através da busca em “dar um jeito no cabelo crespo”, que Lelê conhece a história dos países africanos e passa a valorizar suas características. Desse modo, buscamos incentivá-los na construção da autoestima através da aceitação de suas características, além do reconhecimento e aceitação do outro e suas diferenças. A partir da história, as crianças confeccionaram o cabelo de Lelê com canudos da forma que imaginaram e deixamos a disposição deles perucas de cabelo crespo, logo alguns se caracterizaram por espontânea vontade outros, porém se recusaram.

Trabalhar o respeito à diversidade e outras questões relacionadas deve ser uma tarefa contínua, que requer do educador um olhar especial com relação às necessidades da criança, procurando explorar as situações que surgem no cotidiano escolar de forma positiva.

Por: Adnalva Nobre e Nilson Cirqueira