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Atividade de pintura e recorte - Turma do Pré I |
Durante
as nossas observações enquanto participantes do PIBID- Programa Institucional
de Bolsa de Iniciação à Docência, em uma turma de pré I, notamos a necessidade
de intervenção sobre a organização do espaço pedagógico de forma a atendar as
necessidades das crianças, maior investimento em contação de histórias,
poemas/poesias, movimento corporal, recursos “mais” lúdicos, atividades
artísticas, dentre outros. Isso não quer dizer que a escola não tem investido
nessas questões; o que queremos dizer é que é preciso maior investimento por
parte da escola em relação às questões apresentadas, já que elas são
indispensáveis para o desenvolvimento integral das crianças que se encontram na
educação infantil.
Além do
que foi apresentado acima, um aspecto que nos chamou muito a atenção foi a motricidade
das crianças a partir do uso da tesoura, justamente pela dificuldade que elas
enfrentam na realização das atividades que exige o recorte. Desta forma,
decidimos por trabalhar essa questão logo de início, incluindo também nos
nossos planejamentos outras atividades que explorassem bastante a coordenação
motora fina das crianças.
Antes de
iniciarmos as atividades com o uso da tesoura, fizemos uma breve explicação e
demonstração para as crianças sobre a melhor forma de manuseio, já que maioria
sentem dificuldade até mesmo para encaixar a tesoura nos dedos.
Estimulamos e orientamos (de forma coletiva e
pessoal) as crianças para enfrentarem as formas e segmentos do recorte, bem
como sobre as posições entre mãos, tesoura e objeto a ser cortado, pois, nessa
faixa etária é extremamente comum as dificuldades motoras e também a percepção
visual e espacial sobre o objetivo do recorte. Durante as instruções, estivemos atentos ao
respeito e aceitação sobre os limites de cada criança, pois, segundo
Para as
crianças de pré I, na faixa etária entre 5-6 anos, o uso da tesoura faz parte
de atividades bastante presentes, porém as crianças ainda sentem grande dificuldade
durante a realização dos recortes. Desta forma, durante os nossos
planejamentos, contemplamos as atividades que explorassem de forma ampla a
motricidade fina das crianças a partir do uso da tesoura, fazendo das
atividades instrumentos lúdicos e prazerosos com a finalidade de transmitir
ensinamentos necessários, de forma que respeitasse os limites enquanto crianças,
dando a elas o direito de autonomia para a conquista dos próprios objetivos.
Uma
interferência inadequada por parte do adulto pode limitar a aprendizagem da
criança, além de afetar o desenvolvimento desta capacidade. A importância deste
exemplo é o fato de, precisamente, ser a criança quem regula a ação, e não o
adulto (GONZÁLES RODRIGUES, 2005).
Notamos resultados bem positivos durante a
realização das atividades. Ficamos bastante satisfeitos com os avanços,
principalmente sobre a autoconfiança que eles adquiriram, bem como sobre a
habilidade manual que já se mostrava mais precisa quando comparada a antes, em
relação aos recortes em diversos materiais.
Por Nakson Oliveira e Leila Stolze
Por Nakson Oliveira e Leila Stolze
Referência: GONZÁLES, R. C. Educação física infantil: motricidade de
1 a 6 anos. [tradução de Roberto Francine Júnior]. – São Paulo: Phorte, 2005.